Vídeos institucionais, videoclipes, longa metragens e filmes de animação. Esses são só alguns dos conteúdos produzidos pela Limonada Audiovisual, produtora que há 11 anos integra o setor audiovisual brasileiro. Localizada em Belo Horizonte, a produtora tem como foco o desenvolvimento de projetos que promovem o protagonismo feminino e dão luz às diferentes narrativas de pessoas da comunidade LGBTQIA+.
Comandada por Carol Silva, a Limonada já esteve presente em mais de 5 edições da MAX. Neste bate-papo, Carol conta das suas experiências na feira de negócios, fala dos diferenciais do evento mineiro e dá dicas para quem vai participar pela primeira vez.
Como começou a sua relação com a MAX?
A primeira vez que participei da MAX foi em 2018. Na época, um colega me convidou e eu aceitei o convite de última hora. Naquele ano, a ONG Contato promoveu oficinas gratuitas de capacitação, e uma delas foi a de elaboração de projetos audiovisuais, ministrada pela Julia Nogueira e o Guilherme Fiuza. Com essa oficina, conseguimos lapidar o projeto em que estávamos trabalhando e fomos escolhidos para a fase de pitching da MAX. Eu tinha certeza de que ia sair de lá com esse projeto vendido, mas isso não aconteceu. Até hoje negocio esse projeto em específico. Mas, a partir dessa experiência, vi que os eventos de negociação são uma peça fundamental para a venda, mas o ganho está no relacionamento. Quanto mais você frequenta, mais você é visto e mais você conhece as pessoas envolvidas no setor.
Para você, o que a MAX tem de diferente das outras feiras de negócios?
Eu entendo a Max como uma feira bem estratégica para o empreendedor mineiro. Nós estamos, de certa forma, fora do eixo de produção audiovisual. Apesar de termos políticas públicas chegando cada vez mais nos estados e municípios, eu vejo a MAX como uma catapulta para nós, que estamos em Minas, conseguirmos iniciar os relacionamentos. Hoje eu já tenho uma jornada em rodadas e feiras de negócios e que a MAX é uma feira bem estratégica, pois conseguimos conversar com os players no corredor. Então, eu entendo que é uma das feiras que tem que estar no calendário de todo empreendedor, não só o mineiro. E tem a característica do povo mineiro, que é essa coisa da gente tomar um cafézinho e trocar uma ideia. É uma feira que é fácil de criar relacionamentos.
A sua participação na feira já rendeu bons frutos para a produtora, certo? Como foi o processo de negociação?
Nós temos um projeto que é uma série de ficção. Em 2020, levamos esse projeto para a MAX, e ele também foi selecionado para o pitching, assim como em 2018. Durante a preparação, tivemos contato com uma produtora da Bahia a qual admiro muito, a “Tem Dedê Produções”. Eu lembro que a Vânia Lima, produtora executiva deles, fez contribuições incríveis para o projeto. Ela gostava do que estava vendo, e ali eu vi uma brecha. Eu sempre acredito que a gente tem que aprender com quem está fazendo. Eu me considero uma nova realizadora. Eu sou uma pessoa relativamente jovem e nesse nosso mercado, para você ter uma carreira de produtor executivo, é basicamente tempo. Tempo, esforço, afinco, talento, mas o tempo é fundamental. Depois eu entrei em contato com ela por e-mail. E a partir dali, nós começamos a conversar e fechamos uma coprodução dessa série, que deve começar a ser produzida no próximo ano.
Quais as dicas que você dá para quem vai participar da feira pela primeira vez?
O primeiro passo para quem vai participar de uma feira como a MAX é estudar! É preciso saber com quem estamos conversando para não cairmos na cilada de ofertar um projeto que não tem nada a ver com o player. A segunda coisa é não ter vergonha de criar relacionamentos. A MAX é uma feira em que as pessoas estão lá justamente para isso. A terceira dica é: aproveite os painéis. Além das oportunidades de negócio, a MAX tem painéis e palestras ótimas. Essa é uma boa forma de se manter atualizado e saber o que está acontecendo no setor.